O primeiro turno das eleições municipais chegou ao fim no último domingo (6) consolidando o principal vitorioso nesta disputa: Filemon Paranaguá (PSD).
Filemon José Francisco de Souza Nogueira Paranaguá chegou à Prefeitura de Corrente em 2024 com a maior votação percentual da história já registrada no município 68,86%, recorde que nenhum candidato teve desde então. Antes, foi derrotado em duas campanhas municipais.
Filemon Paranaguá, vem de uma tradição familiar e política, ele incorporou o nome político de seu pai, o ex-prefeito Filemon Nogueira.
Vereador (1988)
Emergiu na política municipal ao disputar o cargo de vereador no ano de 1988, e ser eleito aos 23 anos de idade.
Prefeito (1992)
Em 1992, Filemon disputou a primeira das quatro eleições municipais a que concorreu até agora. Na oportunidade, foi eleito prefeito de Corrente aos 27 anos de idade pelo PSDB. Ele obteve 3.829 votos, derrotando Jesy Júnior (PDS) que ficou com 3.240 votos. Outro destaque na disputa foi João Pacheco Neto (PFL) que alcançou 3.000, ficando em terceira colocação.
As marcas do seu primeiro governo
Em seu governo, em Corrente, teve papel marcante na implementação do saneamento básico da cidade. Também se preocupou com as mulheres, ao construir uma maternidade, permitindo assim que os filhos de Corrente e região, nascessem aqui.
Teve significativas realizações na área de eventos e lazer com a praça da rodoviária, realização de carnaval, vaquejada etc.
Mas, para os adversários, o governo de Filemon ficou marcado pelas ruinas da Maternidade, saneamento básico, passarela do vermelhão, do qual ele disse ter deixado em pleno funcionamento.
Nas eleições 2004, Filemon retorna ao tabuleiro político pelo PMDB e lançou sua candidatura a prefeito de Corrente. Ele terminou a eleição em segundo lugar com 27%, perdendo para João Barros (PFL) que foi eleito com 28,27%. Outro destaque na disputa foi Edilson Nogueira (PPS) que alcançou 24, 73%, ficando em terceira colocação.
Pausa nas disputas e apoios (2008- 2012)
Após dar uma pausa nas disputas com seu nome diretamente concorrendo, ele apoiou o ex-prefeito Ribeiro nas eleições 2008, e Jesualdo Cavalcante no ano de 2012, quebrando um paradigma histórico, entre Nogueiras e Cavalcante, ou melhor Macacos e Betéis, em ambos os apoios se consagrou vencedor.
Retorno a disputa em 2020
No ano de 2020, disputou a prefeitura contra o atual prefeito e apoiador Murilo Mascarenhas, que na oportunidade foi reeleito o segundo gestor na história de Corrente com 47,17%. Filemon não fez feio, mesmo enfrentando o prefeito que gozava de uma gestão bem avaliada pela população, e tendo ainda Natan Santana como terceiro concorrente que obteve 12, 69%, ele cacifou 40,14% dos votos válidos, diminuindo a diferença para 1.064 para o vencedor.
Filemon concorreu à Prefeitura pela quarta vez (2024)
Filemon retorna ao cargo de Prefeito de Corrente para o seu segundo mandado após vencer Terto Cavalcanti (Solidariedade) no primeiro turno das eleições 2024. No corrente ano, Filemon completou quatro disputas pela Prefeitura de Corrente, tornando-se o candidato vivo atualmente que mais concorreu ao cargo.
APÓS ESSA BREVE TRAJETÓRIA SOBRE SUA HISTÓRIA DE VIDA, CHEGAMOS A CONCLUSÃO QUE: FILEMON PARANAGUÁ, NÃO DESISTIU DE CORRENTE!
“Não vamos desistir do Brasil” para analisar esse retorno de Filemon Paranaguá, parafraseio o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) que ecoou essa frase nas eleições 2014, quando disputou a presidência da república.
Ao insistir e persistir por mais de 30 anos, Filemon, é um exemplo de vontade e de coragem de lutar por dias melhores pela sua cidade e seu povo.
Filemon iniciou a disputa liderando as pesquisas de intenção de voto, vindo de um recall liderado pela oposição, mesmo assim manteve uma parceria administrativa com o até então adversário de 2020, Murilo Mascarenhas. A frente da presidência do Sebrae, não hesitou em trazer diversas ações para sua cidade, desde a área da agricultura familiar, a saúde.
A parceria administrativa que se tornou política
Após solidificar a parceria administrativa, Murilo e Filemon retomaram uma antiga parceria política, para quem não sabe, o atual prefeito foi secretário de esportes da gestão Filemon e o prefeito eleito apoiou Ribeiro nas eleições 2008. Percebe-se, que aí não havia nada de estranho, apenas a retomada de uma velha parceria.
Alianças importantes
Consolidou uma frente de partidos entre eles: PT, REPUBLICANOS, MDB, PSD, PP, o prefeito de Corrente Murilo Mascarenhas (PP), o deputado estadual, João Mádison, também teve papel fundamental na eleição de Filemon Paranaguá.
Campanha corpo a corpo
Em 45 dias de campanha, Filemon visitou zonas rurais, fez comícios, carreatas, percorreu o município, desfazendo a pecha colocada pelo adversário de “preguiço e acorda tarde”. Depois, fez visitas à setores como (Empresários, Mototaxistas, Educação, saúde, igrejas evangélicas). Em todos os encontros, recebeu elogios e aplausos.
Conexão com Juventude
O candidato a vice-prefeito João Vitor, trouxe uma liga a chapa, ao aliar Juventude e Experiência. O “menino secretário” colocou o chiclete que deu liga a “Filé com Rapadura”. Ele e Filemon mostram total sincronia e JV agregou carisma, alegria, muitas danças, e sobretudo, disposição para ir ao campo, atrás de voto e sendo um verdadeiro “Casca de Bala” ao cabeça da chapa.
Campanha nas redes sociais e demais meios de comunicação
Além de suas redes sociais, falou por várias vezes a rádio Cerrado FM, falou com portais da cidade, e sempre se mostrou acessível quando era procurado pelos meios de comunicação local.
APÓS TRÊS ELEIÇÕES, FILEMON FINALMENTE CHEGA AO PALÁCIO DOIS IRMÃOS
Após uma vitória e duas derrotas, o advogado e ex-prefeito Filemon Paranaguá (PSD), 59, chega à Prefeitura de Corrente. Filemon venceu o ex-prefeito Terto, 60, candidato da oposição.
Mais Experiente
O prefeito eleito chega ao cargo mais maduro, com inflexão a todos os campos políticos no município, e sem assustar ao grupo político [com quem até se associou para atingir a vitória]. Filemon, assume o poder se dizendo disposto a firmar um pacto social com todos os setores da sociedade para trabalhar pelo município.
Estava criado o mote de sua campanha à vitória. Estava sintetizado o discurso político da conciliação, do entendimento e da negociação.
Quebra de paradigmas
A vitória representa mudança do diálogo com setores políticos tradicionais do município. Desde 2004, quando perdeu sua segunda eleição municipal, o discurso, as propostas e, talvez, principalmente, a imagem do candidato vêm se tornando mais leve e mais próxima de setores da sociedade.
Filemon uniu não apenas grupos políticos ou sobrenomes tradicionais, mas, 11.658 eleitores, o que representa 68, 86%, empunhando uma humilhante maioria de 6.385 votos de diferença sobre seu adversário a quem ele intitula: Maior Símbolo do atraso de Corrente.
E provou após tantas tentativas, que foi eleito pelo povo Correntino, e que jamais seria eleito se não fosse "apadrinhado ou colocado" pelo seu pai (in memórian), como muitos adversários pregaram ao longos dessas décadas.
Trânsito estadual
Detém sinal da aproximação e do bom trânsito no governo estadual com quem mantém aliança com o governador Rafael Fonteles (PT). Além disso, tem apoio do deputado federal, Júlio César (PSD); Senadora Jussara Lima (PSD), Deputados Estaduais, Georgiano Neto (MDB) e o parente e conterrâneo João Mádison (MDB).
Marketing
O prefeito eleito adotou uma linha de comportamento diferente do adversário durante a campanha. Filemon evitou entrar em embate e procurou não baixar o nível, que pudesse lhe tirar votos.
Ao mesmo tempo, contou com uma equipe de articuladores que costurou apoios antes considerados inimagináveis. Foi votado por Nogueiras e Cavalcantis, a ala mais radical antes ao seu nome, quebrando de vez o paradigma: Que Nogueira vota em Cavalcante, Mas Cavalcante não votava em Nogueira.
As reuniões, tentaram passar a imagem de um candidato negociador e estadista. O discurso também se uniu à tentativa: por mais de uma vez na campanha se ouviu o Filemon dizer que seria o 'prefeito de todos'.
O DESAFIO DA NOVA GESTÃO FILEMON
Vencida a eleição, Filemon Paranaguá terá a mais difícil tarefa em sua trajetória política: Suceder um prefeito bem avaliado (quase 80%); Manter uma base de apoio sólida na Câmara Municipal, capaz de votar projetos importantes para Corrente e que possa sustentá-lo diante da ampla base política, e atender sobretudo, as demandas junto a sociedade, que lhe colocou à frente do município com uma votação extraordinária.
Além do mais terá que superar 1993-1996 e mostrar que os "cabelos brancos" lhe trouxeram mais maturidade política e administrativa para gerir a 20ª cidade-polo do Extremo Sul Piauiense.
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